Marta Marques e Paulo Almeida, ex-formandos do CITEX, narram as suas experiências de estágio em Londres
Marta Marques, na primeira pessoa:
- Ter a oportunidade de estagiar numa das marcas, se não a marca mais emblemática da moda Londrina é um passo bastante importante na minha carreira e que me está a potenciar novas aprendizagens.
Londres sempre foi a cidade que pensei ter a envolvência mais adequada para desenvolver o meu trabalho e está a ser uma óptima experiência.
É também muito interessante perceber a dinâmica da empresa e como surgem as colecções a que Vivienne Westwood nos habituou.
O ambiente é bastante informal, o que potencia um contexto favorável de aprendizagem para os estagiários.
Estou a exercer a posição de estagiária dentro dos Gabinetes de Design da empresa e a trabalhar directamente com a designer da marca Anglomania o que faz com que consiga ter um contacto bastante próximo com o lado criativo da empresa.
No entanto, já tive igualmente a oportunidade de integrar, por algum tempo, a equipa de estagiários e profissionais que trabalha na área de produção (o que inclui modelação, corte, confecção de protótipos, gestão de produção...) Este lado da empresa é bastante importante…. Afinal, grande parte das peças Vivienne Westwood são admiradas pela sua complexa modelação e confecção …Definem a identidade da marca. É portanto muito gratificante para mim, como estagiária, enriquecer os meus conhecimentos técnicos e tirar partido do que esta parte da empresa me pode ensinar.
É importante destacar ainda a forma como grande parte dos elementos da empresa, entendem que o estagiário está em fase de aprendizagem e portanto as tarefas são pensadas de maneira a tornar esta experiência mutuamente lucrativa.
Concluo agora que foi de facto o melhor passo a tomar para iniciar uma carreira no estrangeiro sendo que consigo ter a percepção de como funciona uma empresa, enriquecer aprendizagens técnicas e ter um insight bastante preciso do que é a cidade e como é que ela funciona na área do design de moda.
Paulo Almeida, na primeira pessoa:
- Após o processo de candidaturas e entrevistas vi-me deparado com um problema maior: qual seria a empresa mais indicada para efectuar o meu estágio e iniciar a minha carreira fora de Portugal?
As hipóteses consideradas dividiam-se entre Alexander McQueen e Preen. McQueen, designer altamente reconhecido com uma empresa criada sobre o seu nome, cujo funcionamento empresarial hierárquico é bastante estruturado seria uma hipótese forte a considerar. Por outro lado não podia deixar de considerar a marca Preen (a cargo do casal de designers - Justin Thornton e Thea Bregazz i), com dez anos de uma carreira que considero fascinante, uma presença marcante na moda Londrina e que recentemente se começou a internacionalizar.
Poderia pensar-se instintivamente que o reconhecimento de Alexander McQueen fazia dele a escolha mais acertada … mas o facto do trabalho desenvolvido pela Preen ter ido sempre ao encontro da minha identidade enquanto designer de moda e a expectativa de trabalhar num pequeno atelier com contacto directo com os designers tornaram a decisão mais fácil.
A experiência que me está a ser proporcionada vai ao encontro de tudo o que esperava quando ponderei esta decisão.
A verdade é que numa marca que funciona com unicamente dois designers a interferência no design das peças não é muito relevante. No entanto, o facto da empresa se resumir a um atelier onde convivem a dupla de designers, studio managers, salles managers, modelistas, costureiras e alguns estagiários faz com que consiga ter noção de todo processo que envolve preparar a colecção e gerir uma marca de reconhecimento internacional. Potencia-me também um contacto directo com a colecção, o que se está a revelar extremamente enriquecedor.
Esta aprendizagem torna o dia – a - dia de trabalho mais empolgante e penso que pode vir a tornar-se bastante útil.
Posso avaliar esta experiência como muito positiva e o agradável ambiente dentro da empresa faz-me confirmar diariamente a minha escolha.
A experiência que me está a ser proporcionada vai ao encontro de tudo o que esperava quando ponderei esta decisão.
A verdade é que numa marca que funciona com unicamente dois designers a interferência no design das peças não é muito relevante. No entanto, o facto da empresa se resumir a um atelier onde convivem a dupla de designers, studio managers, salles managers, modelistas, costureiras e alguns estagiários faz com que consiga ter noção de todo processo que envolve preparar a colecção e gerir uma marca de reconhecimento internacional. Potencia-me também um contacto directo com a colecção, o que se está a revelar extremamente enriquecedor.
Esta aprendizagem torna o dia – a - dia de trabalho mais empolgante e penso que pode vir a tornar-se bastante útil.
Posso avaliar esta experiência como muito positiva e o agradável ambiente dentro da empresa faz-me confirmar diariamente a minha escolha.
Sem comentários:
Enviar um comentário